SEGURANÇA: Vitória, Ufa! Foi suado, apertado, mas a vitória veio. Após longos 42 minutos de ferrolho impenetrável, o Grêmio conseguiu os 3 pontos que vieram dos pés (e cabeça) da dupla dinâmica de atacantes. Sinceramente, fazia bastante tempo que não sentia tal segurança que hoje sinto com André Lima e Borges. Não pelo fato da dupla ser perfeita e por se completar (ainda tenho meus receios de ambos juntos, acreditando que somente um deles jogando com um atacante de velocidade renderia mais), mas por saber que quando a partida estiver feia, “encrespada”, lá na frente temos DOIS atacantes que podem resolver a partida a qualquer momento. Há anos o Grêmio não desfrutava de tal segurança. Há anos torcedores da minha geração esperam por um atacante que nos faça esquecer Jardel. Quem sabe está aí, não “o” novo, mas sim “os novos” Homens-Gol do Grêmio. Grande Borges, Grande André Lima!
ERRAR É HUMANO, INSISTIR NO ERRO É BURRICE: No 1º semestre do ano passado costumava-se dizer na província que por muitas vezes o time do técnico Silas era escalado pelas lesões. A incapacidade de ver coisas que estavam explícitas aos olhos era característica marcante do Pastor que treinou o Grêmio com mãos de glacê. No time de Renato os erros estão novamente aí, explícitos, mas (in)felizmente as lesões não retiram os erros do time e o comandante não enxerga que certas peças estão mal dispostas (e escaladas) em campo. Gilson na Lateral esquerda e Carlos Alberto na meia mais uma vez foram irrelevantes para o cenário da partida e exemplificam meu argumento anterior. O 1º por deficiência técnica e o 2º por estar jogando fora de posição. Imaginem Fabio Rochemback jogando de zagueiro. Imaginaram? É o mesmo sacrifício que Carlos Alberto está fazendo. Ao invés de dar ritmo ao jogador, Renato está fazendo com que a paciência do torcedor com o atleta se esgote em pouco menos de um mês de trabalho. O tiro está saindo pela culatra e isso não é bom nem pro atelto, tampouco para o clube. A volta de Lúcio será muito bem vista.
ENFIM UMA BOA NEGOCIAÇÃO: A saída de Paulão foi vista com muito bons olhos por muitos torcedores gremistas. A outrora “paixão” platônica pelos bicos, balões e carrinhos destrambelhados do zagueirão, que muitas vezes era motivo de alegrias em quantia nos concretos gelados do estádio Olímpico estavam dando lugar a desconfiança com a insegurança que aquele passava a cada partida neste início de ano. Paulão crescerá jogando no exterior e o Grêmio tem tudo para melhorar com tal perda. Ambos os lados ganham. Além de dar uma aliviada nos cofres (valorização de 100% na negociação), a equipe de Renato encontra na experiência de Rafael Marques e no vigor de Mario e Vilson três boas opções para ocupar o lugar que outrora era visto como cativo.