Coluna do Quico

292Desembarca hoje em Porto Alegre um jogador, que sem dúvida será titular indiscutível no Tricolor. Douglas, ao contrário de Souza e Hugo que carregam mais a bola, é aquele cara que pensa as jogadas no meio-campo, e além de deixar os companheiros na cara do gol com extrema facilidade, tem um chute preciso de fora da área. Muitos dizem que ele costuma sumir durante o jogo, mas mesmo assim, ele sempre foi um jogador decisivo.

O time ideal, na minha opinião, ficaria: Victor; Mário, Réver (ou Maurício), Rafa Marques e Lúcio; Adílson, W. Magrão(ou Rochemback), Souza e Douglas; Jonas e Borges. Teríamos bons nomes no banco, nos permitindo variar o esquema: Ferdinando, Túlio, Leandro, Hugo e William. Deixei a dúvida na posição do Réver, pois ele pode ser vendido ao Wolfsburg, e na do Willian Magrão, que não se sabe como voltará depois de tanto tempo, sendo que ali podem jogar Rochemback (se estiver em forma), Túlio ou Ferdinando. Acho que com a chegada de mais um lateral direito, e um zagueiro (caso o Réver saia), teremos boas chances de brigar pela Copa do Brasil e o Gauchão.

Essa postura da atual direção, no que diz respeito às contratações, me agrada, afinal, a cada fim de ano tinha que ser formado um grupo completamente novo, o que dificultava muito. Hoje já se vê alguns jogadores com contratos mais longos como Souza, Douglas, Mário, Victor. E o Grêmio está buscando ter 100% dos passes, o que facilita nas negociações. O caminho é longo, afinal esse condomínio de credores, obriga a direção a fazer negócios que não deveria, mas aos poucos, vamos formando um grupo consistente sem ter que montar um time novo por ano.

Coluna do Will

288Passou-se o tempo em que os times de futebol jogavam seu jogo, pouco se importando com o que o outro time iria colocar em campo. O Futebol moderno necessita muito mais da coletividade do que da individualidade. O Santos de década de 60 jogava futebol brincando, sem preocupar-se em levar um, dois ou três gols, pois sempre marcaria cinco, seis ou sete. Hoje, o que vejo no Grêmio é algo semelhante (e por Deus, não entendam que comparo o Santos de 60 com este nosso Grêmio).

Após a vitória sobre o CAxias ontem, guardadas as devidas proporções, vi que nosso time hoje é uma boa compilação de jogadores que possuem individualidades muito interessantes e que provam a cada jogo que os torcedores gremistas podem esperar algo de bom para o decorrer do ano. Porém, longe destas individualidades está o nosso coletivo.

São dois jogos, é início de temporada, entendo perfeitamente, mas não vi ainda nenhum esboço por parte do Professor Silas em preocupar-se em compor o meio campo a fim de proteger a defesa. Muito pelo contrário, o vi se preocupar em deixar no time todos os “medalhões” com o intuito (acredito eu) de “ofensivar” a equipe a levando a vitória. Isso nem sempre irá acontecer, visto que nem todas as equipes possuem as deficiências que Pelotas e Caxias possuíam.

Não estou criticando nosso treinador (muito pelo contrário, pois sou um defensor de seu trabalho e acredito muito que possa nos dar títulos que almejamos), mas creio que o momento de pensar a coletividade é agora, nos jogos iniciais e não somente escalar o time pra frente, a fim de vencer a partida, sem se importar como que a equipe produziu propriamente dito.

Porém, acredito que Silas irá mudar seus planos. Com a chegada de Douglas, o time terá um articulador de natureza, que marca e que chega à frente. É mais um pra brigar pelas quatro vagas da frente. Souza, Hugo, Douglas, Leandro, Borges e Jonas. Se Silas entender e realmente honrar seu discurso de chegada, no qual afirmou que sabe da história e da tradição do grêmio enquanto equipe “brigadora” e marcadora que é e sempre será, destes seis citados anteriormente, quatro terão a honra de serem titulares. Resta saber quais serão.
Não é querer reclamar de barriga cheia, mas apesar da vitória e do bom futebol apresentado, ainda há desequilíbrio e ainda há brechas no meio campo. Sem meio campo continuaremos levando gols. Mais um volante, por favor.

Coluna do Quico

289Maxi López deixou o Grêmio pensando em se transferir para a Lazio, um clube médio europeu, que com certeza daria boa visibilidade ao argentino já que sempre figura na Liga Europa ou de vez em quando na Champions League. Mas o negócio melou e ele acabou no “glorioso” Catania, vice-lanterna da Liga italiana. Segundo informações, ele receberá 800 mil euros por ano (R$ 2,1 milhões). Na proposta que o Grêmio tinha feito, seriam R$ 2,4 milhões anuais. Em Porto Alegre ele seria mais visto por Maradona, já que ainda tem esperança de ser convocado pra seleção argentina, sem contar que no Tricolor ele era titular absoluto e ídolo da torcida, enquanto no Catania ele terá que brigar por posição numa equipe que tem pouquíssima torcida. O Grêmio já comunicou a equipe italiana de que pretende recorrer à Fifa, e o imbróglio promete se arrastar, pois o Imortal, apesar de não querer contar com o jogador, pede uma indenização por quebra de contrato. Ficam as dúvidas: Será que Maxi está feliz no Catania? Ou será que ele acabou se contentando por lá após o negócio frustrado com a Lazio? Ou ainda: Ele tomou a decisão certa em não acertar com o Grêmio? Só o tempo dirá.

1995

A camisa de hoje é uma camisa que eu só fui reparar a diferença para as outras há pouco tempo. Até então acreditava que só existisse este modelo com patrocínio da Coca-Cola, porém descobri que com o Renner ela também foi feita, mesmo que tenha ficado por pouco tempo até entrar o outro modelo com o Renner de 1996. Minha teoria sobre estas camisas da Coca e Renner de 1995 e 1996 é a seguinte: A Penalty fez camisas com Coca-Cola até o meio do ano de 1995, como pode comprovar-se através de fotos, e a partir da metade do ano fez camisas com o Renner que ficaram até o início de 1996, onde algumas foram mudadas por modelos bem diferentes e outras tiveram apenas pequenas alterações, como é o caso da Tricolor que só teve o contorno do número azul alterado para preto. A camisa de hoje é de propriedade do colecionador Gremista Lopes. Abaixo as fotos:

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Fotos: Lopes / Acervo Histórico do Grêmio

Coluna do Quico

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Olá pessoal, eu sou o Quico, estou começando hoje e decidi escrever sobre a estreia do Imortal no Campeonato Gaúcho. O resultado não poderia ser melhor, já que uma vitória fora de casa, no início da temporada dá muita moral para a equipe. Apesar de algumas falhas na defesa, a equipe foi bem, levando-se em consideração que os jogadores ainda estão um pouco presos e , como o Silas falou, a pré temporada não acabou ainda. Quanto aos estreantes, o destaque vai para Borges que fez um gol típico de centroavante, mostrando faro de gol. Leandro mostrou habilidade e contribuiu cavando o pênalti. Hugo foi um pouco discreto, mas se movimentou bem. Contudo o que mudou a partida, foi a entrada do Jonas que melhorou o ataque e foi o craque do jogo. Torço para que a direção renove com ele e esqueça a ideia de trocá-lo pelo Vítor do Goiás, pois na minha opinião não vale a pena já que Jonas pode ser um jogador decisivo na copa do Brasil, nosso grande objetivo no primeiro semestre.