Coluna do Quico

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Neste domingo em Rivera, o Grêmio entra em campo para um amistoso contra o Nacional de Montevidéu, um dos clubes mais tradicionais da América. O jogo, apesar de amistoso vale uma Taça em homenagem a Hugo De León, um dos maiores zagueiros da história do futebol Sul-Americano. O zagueiro passou pelos dois clubes e colecionou faixas de campeão. No clube uruguaio, conquistou a Libertadores de 1980, em cima das coloridas e o Mundial contra o inglês Notingham Forest. Antes mesmo de chegar ao Imortal, já conquistou o coração da torcida quando comemorou a conquista do Uruguai sobre o Brasil no Mundialito de 1981 com o manto Tricolor (Foto acima). No Grêmio, foi o capitão nas conquistas do Brasileiro de 1981, Libertadores e Mundial 1983. Sua Raça e determinação dentro de campo faziam os atacantes adversários tremerem. Levantou a Taça Libertadores de 83 sangrando (Foto abaixo), o que se tornou uma imagem eternizada no coração dos Gremistas. Parabenizo as direções de Grêmio e Nacional por prestarem essa homenagem a esse grande jogador. E agradeço a ele por proporcionar grandes alegrias ao torcedor Tricolor. Valeu De León!

Abaixo mais fotos:

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1983

Dando continuidade vamos a camisa que, para mim, é a mais linda de nossa história, bem como uma das mais importantes, pois foi a que usamos na conquista de nossos maiores títulos. Falo dela, a Tricolor de 1983. A camisa das fotos faz parte da minha coleção e foi usada pelo Hugo De León em alguma partida que disputamos naquele ano no Rio de Janeiro. Consegui a mesma com um ex-policial que trabalhava nos estádios na época e sempre ganhava camisas dos jogadores. Mais de 20 anos depois ele resolveu se desfazer e eu dei a sorte de encontrá-lo. Com ela vieram mais 3 camisas histórias do Grêmio usadas em jogos (tricolores 1982 e 1997 e uma camisa de goleiro de 1982).

Ficha:

Grêmio 2 x 1 Hamburgo

11 de dezembro de 1983 – Estádio Nacional – Tóquio, Japão
Horário: 12h (Japão) – 00h (Brasil)
Público: 62.000
Arbitragem: Michel Vautrot (FRA) auxiliado por Toshikazu Sano (JAP) e Shizuhasu Nakamichi (JAP)
Gols: Renato aos 37min do 1° tempo; Schröeder aos 40min do 2°tempo e Renato aos 3min da prorrogação
Cartões Amarelos: Mazaropi, Caio, Renato e De León (GRE) ;Stein (HAM)

GRÊMIO FBPA: Mazarópi ;Paulo Roberto, Baidek, De León e Paulo César Magalhães; China, Osvaldo (Bonamigo 25 do 2°t) e Mário Sérgio, Renato, Tarciso e Paulo César Caju (Caio 33 do 2°t)
Técnico: Valdir Espinosa
Reservas: Beto, Leandro, Casemiro, Tonho e César

HAMBURGER SV: Stein, Wehmeyer, Hieronymus, Jacobs, Schroeder, Groh, Rolff, Magath, Hartwig, Hansen, Wuttke
Técnico: Ernst Happel

Hugo Eduardo de León Rodríguez

Hugo de León iniciou a carreira no Nacional do Uruguai no ano de 1975, sendo já aos 17 anos o capitão do time. Menos de um ano de seu inicio, teve sua primeira convocação para a Seleção Olímpica do Uruguai. Em 1977 se sagrou campeão do Campeonato Sul-Americano de Futebol Sub-20 com a seleção de base e no mesmo ano já seria promovido ao time principal do Nacional do Uruguai.

Após sua rápida ascensão, o zagueiro de León seria promovido ao time principal do Nacional no ano de 1977. Em seu primeiro ano como profissional se sagrou campeão do Campeonato Uruguaio. O zagueiro promissor ganharia mais um Campeonato Uruguaio em 1980, além da Copa Libertadores da América no mesmo ano.

O zagueiro uruguaio acabou despertando o interesse do Grêmio, sendo contratado pelo clube em 1981. No Imortal foi campeão do Campeonato Brasileiro de Futebol de 1981 e chegou a final do Campeonato Brasileiro em 1982.

Em 1983 foi um dos protagonistas das maiores conquistas do Grêmio até então, conquistando a Copa Libertadores da América de 1983, marcando três gols na competição e realizando atuações grandiosas que lhe renderam uma idolatria histórica para os gremistas. Na final da competição, acabou se machucando com a taça continental e sua imagem sangrando com a taça é ate hoje um dos símbolos do Grêmio.

Ainda no ano de 83 foi Campeão Mundial com o Grêmio, em partida realizada em Tóquio, no Japão, contra a equipe do Hamburgo. Foi bi-campeão mundial pelo Nacional e tri-campeão da Libertadores em 1988, na segunda das quatro passagens que teria pelo clube charrua.

Jogou em diversos outros clubes brasileiros como Corinthians, Santos e Botafogo. De 1989 até 1990 defendeu a equipe do River Plate, sendo Campeão Argentino de 1989-90.

Jogou ainda a Copa do Mundo pela Seleção Uruguaia de Futebol em 1990, chegando as oitavas-de-final da competição, onde os uruguaios foram eliminados pela Seleção Italiana, anfitriã da competição vencida pela Seleção Alemã em final contra a Seleção Argentina.