Jogos Inesquecíveis

0jogos

590Era primeiro de abril de 2001, o GREnal valia pelo primeiro turno do Campeonato Gaúcho daquele ano, e para os colorados, o placar parecia mesmo ser mentira. O Imortal, que apesar de estar se recuperando após a saída de Ronaldinho e a falência da ISL, tinha uma equipe muito superior. O domínio era total, e abrimos o placar com um golaço de Tinga aos 23 da primeira etapa. Ele dominou na área e mandou uma bomba pro gol. O inter, que contava com um time apenas mediano, não conseguia se encaixar em campo. Aos 42 do primeiro tempo, Tinga marcou de novo. Desta vez, completando na saída do goleiro. Na etapa final, o rival veio pra cima, dando muitos espaços para os contra-ataques do Tricolor. Num deles, o artilheiro Rodrigo Mendes marcou o terceiro aos 16 minutos. Após um passe do Tinga na esquerda, ele bateu de pé trocado, rasteiro. Então o adversário acordou no jogo, e numa desatenção da zaga do Grêmio, marcou dois gols em dois minutos, aos 23 e aos 24 do segundo tempo. Após a reação dos bambis, o Grêmio mostrou porque é chamado de Imortal, sabendo conter o ímpeto do adversário. E ainda marcou mais um, aos 42 minutos, com o capitão Zinho cobrando pênalti. Com esse placar, conquistamos antecipadamente o primeiro turno do Campeonato Gaúcho, e ainda ajudamos a derrubar o Zé Mário, técnico do rival, que viria a ser demitido quatro dias depois. A vitória serviu para embalar o time, que viria a conquistar o Gauchão e a Copa do Brasil naquele ano, encantando o país com um dos melhores 3-5-2 que já se viu por aqui. O time que entrou em campo naquele jogo foi: Danrlei; Marinho, Anderson Polga e Mauro Galvão; Anderson Lima, Eduardo Costa, Tinga, Zinho e Rubens Cardoso; Renato Martins (Itaqui) e Rodrigo Mendes (Warley). Técnico: Tite.

357

Coluna do Quico

Rodrigo comemora. FOTO: Globoesporte.com
Rodrigo comemora. FOTO: Globoesporte.com

Conquistamos um resultado espetacular dentro do nosso já tradicional salão de festas! Após um primeiro tempo parelho, com grandes defesas do Victor, e onde poderíamos até ter aberto o marcador com o Borges, o Silas soube ajustar a equipe Tricolor, que fez um segundo tempo quase perfeito, anulando a equipe adversária e sabendo controlar a partida. Destaques para o Mário Fernandes, que mesmo com dor, jogou demais, Rodrigo, xerife na defesa, e decisivo no lance do gol, Hugo, que não tinha entrado bem em Santa Catarina, mas hoje deu mais movimentação ao meio-campo, e Borges, o grande goleador, pelo golaço que fez de cabeça. A grande surpresa (e pra mim, o melhor em campo) foi o garoto Neuton, um zagueiro improvisado, que soube defender e apoiar com a mesma qualidade. Precisávamos de uma vitória em GREnal, para que o trabalho do Silas fosse reconhecido pela torcida. Mas o campeonato ainda não está ganho. O Imortal terá que lutar com a mesma Garra demonstrada hoje, não descuidando principalmente da marcação. A vantagem é que agora teremos o apoio da torcida, que deve fazer uma grande festa no Monumental. Com a Raça do time e o apoio da massa, com certeza o Grêmio vai sair campeão!

Coluna do Quico


Passado o sufoco contra o Avaí, começamos agora a pensar no primeiro GREnal da decisão do Campeonato Gaúcho. O Imortal vai ter que melhorar muito em relação ao time que jogou em Santa Catarina. No primeiro tempo, o Tricolor esteve irreconhecível. Não apareceram a marcação consistente, e a boa movimentação do ataque, coisas que vem ocorrendo nos últimos jogos e que devem ser bem trabalhadas. Os poucos destaques são para o golaço de falta do Fábio Rocambole, que apesar de estar acima do peso, continua perigoso nas bolas paradas, e para a camisa branca, que vista ao vivo, até que ficou bacana, principalmente pela fonte da numeração. Apesar do mau desempenho, o que importa é a classificação para as quartas de final, e que venha o Fluminense! Mas, falando em GREnal, vale ressaltar que nas duas últimas decisões de Gauchão contra o rival, o Imortal levou a melhor. Primeiro em 1999, com um show de Ronaldinho, que tirou o Dunga pra dançar. Depois, em 2006, quando Pedro Júnior fez o gol do empate que nos deu o título dentro do Chiqueiro da beira lago. Aposto que o Silas vai colocar em campo uma escalação mais defensiva, devido aos problemas apresentados no jogo de Florianópolis. Talvez com três volantes (Rochemback entraria), e só o Leandro na armação (ou quem sabe o Hugo), já que Douglas está suspenso. Menos mal que ele foi absolvido no julgamento de hoje à tarde e joga a segunda partida. Confio que Jonas e Borges podem fazer a diferença, pois tem mostrado a cada jogo seu entrosamento. Edilson e Fábio Santos, que foram mal contra o Avaí, devem ter muito mais atenção com a marcação. Torço para que seja o grande clássico do Victor, que não tem tido sorte nos últimos GREnais disputados. Enfim, vamos com tudo para reconquistar o Gauchão, e atropelar os cholorados! Força TRICOLOR! Nada pode ser maior!

Coluna do Quico

Leandro em campo: Sinônimo de Raça
Leandro em campo: Sinônimo de Raça

Desde que a direção anunciou que estava tentando contratar esse jogador, no meio do ano passado, eu torci para que a negociação se confirmasse. Leandro mostrou ser um homem de palavra ao dizer que viria para Porto Alegre no início do ano, pois queria terminar a temporada 2009 no Verdy Tokyo, clube que o apoiou quando ele se lesionou, uma mostra de lealdade, algo raro entre os profissionais de hoje. Já na estréia contra o Pelotas, mostrou o que dele se esperava, um jogador que não desiste nunca da jogada, buscando sempre dar o seu máximo em campo. Após um tempo parado por lesão, Silas o colocou no meio-campo, lugar em que (na minha opinião), ele melhor se encaixa. Durante o jogo, ele deixa a impressão de que poderia jogar em qualquer posição, pois ele também marca e diminui os espaços do adversário. No São Paulo, chegou a jogar até de lateral direito. Seus gestos de levantar os braços pedindo o apoio do torcedor, conquistaram a torcida. Com a lesão do Maylson, e a suspensão do Douglas no Gauchão, confio nele para comandar o meio-campo nas decisões que se aproximam. A começar pelo confronto contra o Avaí. Apesar do placar de 3×1 do primeiro jogo, não vai ser fácil para o Imortal. Mas nada foi fácil na vida do Grêmio. O clima de guerra criado pela torcida do Avaí não nos assusta. Só pra lembrar, nossa última vitória contra eles em Santa Catarina, foi em 2005, pela Série B, pelo placar de 3×1, no jogo em que desabou um temporal enorme. Um exemplo de que para o Grêmio, não há adversidades, e com jogadores como Leandro, um símbolo de Garra e vontade de vencer, ganharemos mais uma batalha em busca do Penta. Avante Tricolor!

Jogos Inesquecíveis

0jogos

593Corria o ano de 1995, e o Tricolor chegava as quartas de final da Libertadores da América, para enfrentar a seleção de craques do Palmeiras, que era o atual bi-campeão brasileiro, e favorito ao título continental, além de ter todo o apoio e torcida da imprensa do centro do país. Criou-se um ambiente de guerra antes mesmo do jogo começar, pois o Imortal lançou algumas camisas com a frase: “o leite vai azedar de novo”, em referência a eliminação dos paulistas pelo próprio Grêmio na Copa do Brasil. Iniciada a peleia, a pressão foi do Tricolor desde o início, o jogo era tenso, com faltas duras dos dois lados. Aos 17 minutos Rivaldo acertou Rivarola e foi expulso. Aos 26, mais confusão, Dinho deu uma cabeçada no meia Válber, que revidou com um soco. O bandeirinha avisou o juiz que expulsou os dois. Fora de campo fechou o pau. Dinho deu um chute em Válber e Danrlei (que gostava de uma confusão) lhe acertou um soco na nuca. O Palmeiras não ficava atrás com jogadores como Tonhão, Antônio Carlos e Cléber. Terminada a confusão fora de campo, o árbitro reiniciou o jogo que ficou parado por 14 minutos. Um minuto depois, Arce pegou chute sensacional de fora da área para fazer 1×0. O narrador (não precisa dizer o nome) narrou como se fosse um gol da Argentina contra o Brasil, tamanha era sua torcida e seu “puxa-saquismo” pelas equipes de São Paulo. Mas o Grêmio mostrava que sendo um time bravo e aguerrido, iria longe na competição. Aos 51, Arílson fez 2×0 num tiro de longe, que desviou em Mancuso e matou o goleiro Sérgio. No segundo tempo, os paulistas vieram pra cima tentando diminuir, mas tomaram o terceiro logo aos 4 minutos, após cruzamento de Roger e gol de Jardel (com o pé!). Naquela altura, Arce e Roger jogavam mais como pontas do que laterais. O centroavante Tricolor foi o nome do jogo, marcando mais dois (agora de cabeça), aos 21 e 38, fechando a goleada. O time que entrou em campo naquela batalha: Danrlei, Arce (Scheidt), Rivarola, Adílson e Roger; Dinho, Goiano, Arílson e Carlos Miguel (Alexandre); Paulo Nunes e Jardel (Nildo). Nessa época, aos seis anos de idade, eu já sentia orgulho de ser Gremista. Todos conhecem a história do jogo da volta, e com quem ficou a Taça naquele ano, mas isso já é assunto para outro post.

http://www.youtube.com/watch?v=5ehOmOOMt90