Na tarde quente de sábado, o Imortal Tricolor estreou no Campeonato Gaúcho 2011 com um empate. Foi um bom primeiro tempo, em que a equipe dominou o Lajeadense, podendo inclusive ter feito mais que os 2×0. Na segunda etapa, a equipe teve uma queda de rendimento natural em início de temporada, e permitiu a reação do adversário, que marcou dois gols em falhas da nossa defesa. O empate ficou de bom tamanho, já que o Lajeadense foi melhor no segundo tempo. Eles vem se preparando desde novembro para o Gauchão. Sei que isso não justifica, mas fez a diferença no jogo deste sábado. Os destaques Tricolores foram Fábio Rochemback, que deu bons passes para seus companheiros, além de ser eficiente no desarme, Rafael Marques, que marcou o primeiro gol numa bola desviada de cabeça, e o artilheiro Jonas, que começa 2011 no mesmo “pique” de 2010. Na próxima quarta, a parada é contra o Ypiranga em Erechim. Ainda há dúvidas sobre a volta de Victor, Lúcio e Borges, que com certeza qualificariam o time para recuperar os dois pontos perdidos em casa.
PS: Foi anunciada neste sábado a contratação do meia-atacante Vinícius Pacheco. Sinceramente, não me agradou. Acho que Maylson e Mithyuê deveriam receber mais chances no meio-campo, pois podem render muito, principalmente na ausência do Douglas. Mas, como a contratação do Vinícius foi indicada pelo Renato, vou dar um voto de confiança.
Desde a semana passada vem ganhando forças a notícia da volta do Ronaldinho. Declarações do presidente Odone, de alguns dirigentes, do Assis e até do Renato, indicam que a contratação está próxima de se confirmar. Na minha opinião, será um bom negócio para o Tricolor, pois acredito que o Ronaldinho queira pagar a “dívida que tem com a torcida”. Vou citar o que pode ser a favor ou contra no possível retorno do craque.
A favor:
Ronaldinho traria novas receitas para o clube, como patrocínios, venda de camisas, etc.
Em forma, seria um reforço e tanto no time que busca o TRI da América.
Atrairia os olhos da imprensa e de investidores internacionais para Porto Alegre.
Com sua experiência, seria uma espécie de líder para o grupo, principalmente para os mais jovens.
Chegaríamos facilmente aos 100 mil sócios em dia, o que ajudaria e muito, a sanar as dívidas que restam.
Mesmo não tendo a mesma técnica de antigamente, ainda assim teria condições de desenvolver um futebol de alto nível no Brasil, a exemplo de Ronaldo Nazário.
Contra:
Ele é reserva no envelhecido time do Milan, que parece querer liberá-lo sem nenhuma dificuldade, dando indícios de ele não tem mais mercado na Europa.
Ronaldinho pode querer curtir a “night” de Porto Alegre e acabar não rendendo dentro de campo.
Chegando ao Grêmio, ele teria algumas prioridades, e isso poderia causar conflito de egos entre o grupo de jogadores.
O Grêmio corre o risco de não conseguir recuperar o dinheiro investido, saindo assim no prejuízo.
Atraindo novos patrocínios, ele ficaria com a maior parte (como Ronaldo no Corinthians), além de estragar a Camisa do time como aconteceu com o clube paulista, que tem patrocíno até no “sovaco”.
Ronaldinho poderia bater de frente com o Renato por qualquer motivo, o que queimaria de vez o filme dele com a torcida, e o faria sair pela porta dos fundos do Olímpico.
Enfim, cabe a cada um analisar as condições e se fazer a pergunta: Vale a pena repatriar Ronaldinho?
Avellaneda, 08 de dezembro de 2010. Guardem essa data. Um dia histórico para a torcida do Independiente , que conquistou nos pênaltis a copa sul-americana contra o Goiás. Com esse resultado, abriu-se novamente a quarta vaga para a Libertadores da América via campeonato brasileiro. Os torcedores goianos choraram. Os Tricolores sorriram. Quem não se lembra do gol mal anulado do André Lima, contra o mesmo Goiás na primeira fase da sul-americana? Aqui se faz, aqui se paga. Justiça foi feita. Agora o Imortal está de volta a Copa Libertadores da América, e vamos com tudo rumo ao Tri. Resta-nos agradecer ainda mais ao Renato, pela extraordinária competência, ao Jonas pelos gols, ao Victor pelas defesas, a todos os jogadores do time, e a direção, que teve a coragem de mudar, em meio ao campeonato brasileiro. Aos torcedores do Imortal Tricolor, fica uma certeza: não vai faltar Raça e determinação em busca do título. E aos adversários, fica o aviso: Tremam! Pois o Imortal Tricolor está de volta!
Grande vitória. Atuação segura. Agora o Imortal só depende de si na última rodada contra o Botafogo no Monumental, para terminar em quarto e secar o Goiás. Victor mais uma vez fechou o gol, fazendo grandes defesas, cumprimentado inclusive pelos jogadores do Guarani. Lúcio teve boa participação, com passes e desarmes. O artilheiro Jonas marcou seu 22° gol no campeonato. Mas o grande destaque foi atacante Diego Clementino. O cara é um predestinado. Ele muda todos os jogos em que entra em campo. Já fez 5 gols, todos eles tendo entrado no decorrer da partida. Parabéns à direção Tricolor e ao Renato Portaluppi pela contratação deste jogador, que entrou, sofreu o pênalti convertido pelo Jonas, e guardou o seu gol no final, jogando a pá de cal no Guarani, que acabou voltando para a série B. Assim se consolidou o “título simbólico” do segundo turno para o Tricolor, que foi a equipe com melhor aproveitamento no returno(Ah, se a direção tivesse contratado o Renato antes…) A notícia ruim foi a lesão do Mário Fernandes, que ficou longo tempo parado e sentiu o tornozelo. Espero que não seja nada grave. No domingo, teremos a volta do Gabriel, que será um reforço importante, para buscarmos a vitória contra o Botafogo. Apesar de termos a vantagem do empate, não devemos relaxar, pois o Botafogo virá com tudo para buscar a classificação. Aí é que entra a participação da torcida Tricolor, lotando o Olímpico para empurrar o Imortal para a vitória. Avante Tricolor, façamos nossa parte, independiente do resultado da Copa Sul-Americana.
PS. Parabenizo aos cerca de 3 mil torcedores, que apesar do forte calor, lotaram o espaço destinado a torcida Tricolor no estádio, sendo maioria em relação aos desacreditados torcedores bugrinos.
Recife, 26 de novembro de 2005. O campo de batalha para Grêmio e Náutico era o Estádio dos Aflitos. Uma verdadeira afronta ao futebol moderno. Gramado péssimo, vestiários precários, arquibancadas sujas e quebradas, enfim, um estádio sem condições e estrutura para receber um jogo de futebol. Apesar disso, a torcida do Náutico compareceu em grande número, para ver seu time vencer o Grêmio. Ao Imortal dos Pampas, bastava o empate para conquistar a volta para a primeira divisão. O clima era tenso. Antes mesmo de a partida começar, os jogadores Tricolores eram hostilizados pelos torcedores e até pelos policiais pernambucanos. No vestiário, além do forte cheiro de tinta, soldaram a porta para que os jogadores do Grêmio não aquecessem no gramado. Iniciado o jogo, viu-se uma disputa equilibrada, com chances para os dois lados. Até que um pênalti inexistente para o Náutico foi marcado. Numa bola perdida na área, Paulo Matos se jogou e o juiz marcou. Bruno Carvalho correu, bateu… NA TRAVE! Nesse momento, sentado no sofá da sala, acompanhando o jogo na TV, pensei: Agora já era! Vamos ficar nesse 0x0 e nos classificar. Vem o segundo tempo. E mais tensão. Chances perdidas pelo Imortal, chances perdidas pelo Náutico, e os minutos passando… No outro jogo, o Santa Cruz vencia a Portuguesa e conquistava a sua classificação. Chegávamos aos 30 minutos do segundo tempo. O Náutico ataca pela direita e o chileno Escalona coloca a mão na bola e é expulso. Meu Deus! E ainda faltam 15 minutos, eu pensava em frente a TV. Aos 33, Galatto deu um “encontrão” em Miltinho. A torcida reclamou pênalti, mas o árbitro não marcou. Três minutos depois, uma bola lançada na área, tocou no braço de Nunes involuntariamente. O senhor Djalma Beltrami dessa vez marcou. Em casa eu simplesmente destruí o controle remoto da TV, jogando-o contra a parede. Os jogadores foram pra cima do juíz. Patrício lhe deu um “peitaço” e foi expulso. Nunes lhe deu um empurrão e também levou o vermelho. Policiais, jornalistas, comissão técnica e dirigentes entraram em campo e começou a confusão. Um PM acertou Patrício que caiu no gramado. Odone desceu da arquibancada, acompanhado por Cacalo e outros dirigentes para acalmar os jogadores Gremistas. Surgiu a informação de que Mano Menezes deveria retirar o time de campo. Mas se isso fosse feito, o Grêmio perderia os pontos na justiça.
Eu chorava assistindo tudo aquilo, a injustiça que estava sendo cometida com o Grêmio, o fato de ter que passar mais um ano na segunda divisão. Quando o árbitro foi colocar a bola na marca do pênalti, Domingos a retirou com um tapa e também foi expulso. Mais confusão. Se mais um fosse expulso, perderíamos o jogo. Após a entrada do Domingos pela porta que dá acesso aos vestiários, a mesma foi fechada. De maneira que, se a torcida do Náutico invadisse, os jogadores do Grêmio não teriam como se proteger. O relógio já marcava 59 minutos do segundo tempo quando Ademar foi pra bola. Ele bateu a meia altura. GALATTO!!! Defendeu o arqueiro Tricolor! Eu berrava feito um louco em casa! Parei e pensei: Como resistir com apenas 7 jogadores contra 11? Anderson sofre falta na meia esquerda e Batata é expulso. Na cobrança rápida, o próprio Anderson invade a área a dribles e chuta por baixo do goleiro. GOOOLLL!!! Eu não acreditava no que estava vendo. Como um time com 7 em campo e um pênalti contra pode vencer um jogo? Pois isso é Grêmio! Isso é Raça! É isso que faz esse clube ser conhecido como Imortal Tricolor! É isso que faz esse clube ser reverenciado no mundo inteiro por nunca desistir! Parabéns ao Grêmio, que nesta Sexta Feira completa 5 anos do jogo mais incrível da história do futebol.